
A inflação oficial do Brasil avançou 1,31% em fevereiro, após uma alta de 0,16% em janeiro, mostram dados publicados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quarta-feira (12).
- Esse é o maior patamar do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) para o mês desde 2003, quando o indicador atingiu 1,62%.
O grande vilão da disparada dos preços em fevereiro foi a energia elétrica residencial, que subiu 16,8% em relação a janeiro.
O reajuste ocorreu devido ao fim da concessão do Bônus de Itaipu, que havia reduzido temporariamente as tarifas no mês anterior.
Com isso, o grupo Habitação, do qual a energia elétrica faz parte, acelerou de -3,08% em janeiro para 4,44% em fevereiro, sendo o setor que mais impactou o IPCA no mês.
No acumulado do ano, a inflação registra alta de 1,47%, enquanto que nos últimos 12 meses chegou a 5,06% – o maior patamar desde setembro de 2023 (5,19%).
O indicador está acima do teto da meta do Banco Central, que é de 3% ao ano, sendo considerada dentro da margem de tolerância caso fique entre 1,50% e 4,50%.
Como o IPCA é calculado?
O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980 e reflete a variação dos preços para famílias com renda entre 1 e 40 salários mínimos. O índice abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e Brasília.
Para o cálculo do mês, foram comparados os preços coletados entre os dias 30 de janeiro de 2025 e 26 de fevereiro de 2025 (referência) com os preços vigentes no período de 28 de dezembro de 2024 a 29 de janeiro de 2025 (base).

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