Começou nesta terça-feira (29) a décima edição da Intersolar South America 2023, realizada no Expo Center Norte, em São Paulo. A feira e congresso conta com 500 expositores e, segundo o presidente do Conselho da ABSOLAR, Ronaldo Koloszuk, a previsão é que mais de 50 mil visitantes participem dos três dias de evento até a próxima quinta-feira (31).
Além de Koloszuk, a cerimônia de abertura da Intersolar contou com as presenças de Adalberto Maluf, secretário nacional de Meio Ambiente Urbano e Qualidade Ambiental; Rodrigo Sauaia, CEO da ABSOLAR; Florian Wessendorf, diretor geral da solar Promotion International; Camila Ramos, diretora da CELA, Gilberto Natalini, secretário de Mudanças Climáticas de São Paulo, representando o prefeito Ricardo Nunes; e Celso Mendes, consultor da Aranda Editora.
Segundo Koloszuk, a perspectiva é que a fonte solar se torne a maior tecnologia de geração de energia no Brasil até 2040. Nas contas da associação, é possível instalar mais 46 GW de energia solar centralizada no país até 2030. A fonte já representa 15% da matriz elétrica brasileira, com 33,5 GW de capacidade instalada, ocupando a segunda posição em tecnologia de geração de energia elétrica do país.
Desde 2012, a energia solar no Brasil já atraiu investimentos acumulados da ordem de R$ 163 bilhões (US$ 30 bilhões) e já gerou 1 milhão de empregos. Além disso, já garantiu mais de R$ 46,6 bilhões em arrecadação aos cofres públicos.
De acordo com Sauaia, a perspectiva é que a energia solar gere mais de R$ 86 bilhões em benefícios sistêmicos ao setor elétrico até 2031, reduzindo a conta de luz dos consumidores brasileiros em 5,6%.
Sauaia lembrou que o país ainda enfrenta alguns desafios, como a correta regulamentação e aplicação da Lei 14.300/22, o cálculo dos custos e benefícios sistêmicos da geração distribuída, a regulamentação do mercado de armazenamento de energia, bem como permitir que o setor de GD tenha acesso à incentivos tributários como o REID e às debêntures incentivadas para baratear o financiamento para energia solar, e incluir a fonte fotovoltaica nos leilões de potência e de reserva de capacidade para fazer com que a solar preste serviços ancilares.
“Apesar de reconhecer esse grande avanço no setor, a ABOLSAR está de olho e trabalhando por vocês para superar os obstáculos e desafios que estão no horizonte, para que todos possamos ter mais oportunidades que não estão se concretizando por conta desses problemas”, disse o executivo.
Sauaia também falou sobre o desenvolvimento de uma indústria solar no Brasil. “O mundo está olhando para diversificar a indústria solar, para levar a energia solar para outras regiões, para que tenhamos mais polos de produção, e o Brasil quer ser um desses polos. Só que isso não vai acontecer sem boas políticas públicas.
Estamos trabalhando com o Governo Federal para construir as bases de uma política industrial competitiva, sem barreiras artificiais, sem derrubar impostos que prejudiquem o mercado, para que a gente consiga avançar com o desenvolvimento de uma indústria nacional que não canibaliza a tecnologia no nosso país.”
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